Cafezinho 470 – Sou um automóvel.

Mar 7, 2022 · 8m 10s
Cafezinho 470 – Sou um automóvel.
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CONHEÇA A VEROO CAFÉS: http://veroo.cafe/cafebrasil Ouvintes do Café Brasil têm 15% de desconto nos primeiros 3 meses de assinatura. Basta acessar o link e aplicar o cupom CAFEBRASIL Sabe como é que eu fui percebendo a idade chegando? Um dia, a chave do carro caiu da minha mão. E caiu sem explicação, simplesmente caiu da minha mão. Olhei meio sem entender… e percebi então que era um primeiro sinal de que algo estava mudando. Aí vem zumbido no ouvido, mudanças no sistema digestivo, na qualidade do sono, dores por todos os lados, redução da capacidade auditiva, da visão. Aparece uma catarata, uma hérnia de disco… e a gente vai aos poucos percebendo que somos como o automóvel. Com o tempo vão aparecendo defeitinhos que se acumulam. A gente leva no mecânico, no funileiro, leva pra lavar, troca algumas peças, mas não tem jeito. O carro vai ficando velho. Fica velho no design, fica velho nos materiais. Fica até charmoso, quem é que não se sente atraído por um carro velho perfeitamente preservado, hein? Pô, é claro que eu sonho em ter um Maverick zerinho. Ou então um Puminha! E aí você entra num deles e dirige. E percebe que o conceito de envelhecer não se aplica só à lataria ou ao desgaste das peças. como eu já disse, o design envelhece. O prazer de dirigir também. Você percebe que o carro velho é barulhento, é desconfortável, tem a direção dura, demora pra frear… não porque está velho, mas porque sempre foi assim. E você só repara a diferença porque agora dirige carros mais seguros, mais confortáveis, mais evoluídos.   É aí que os velhinhos ficam para trás. São bons de ver, bons de ter em casa, item de colecionador, é um prazer as lembranças que eles nos trazem, mas se tiver de usar todo dia, cara… é um problema. Pronto. Lá vem o pentelho me dizer “ah, eu adoro meu carro velho”. Claro que sim, tem gente que quer mesmo a vibração do carro antigo. Pergunte para um Harleyro raiz se ele prefere as Harley Davidson novas, suaves, ou as antigas que vibravam? Pois é. Um poeta um dia disse que algumas pessoas que amam o passado, não veem que o novo sempre vem.   Isca: O novo sempre vem.   Esta reflexão continua no vídeo: https://youtu.be/iGBMnt6jIeQ   Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://mundocafebrasil.comSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Author Duarte Calisto
Organization Duarte Calisto
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