Cafezinho 638 - Bandidinhos & Bandidões
Aug 25, 2024 ·
10m 11s
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Description
Cafezinho 637 – Bandidinhos & Bandidões Já falei da falsa equivalência, quando alguém compara duas coisas e conclui que são iguais, quando, na verdade, elas compartilham apenas semelhanças parciais e,...
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Cafezinho 637 – Bandidinhos & Bandidões
Já falei da falsa equivalência, quando alguém compara duas coisas e conclui que são iguais, quando, na verdade, elas compartilham apenas semelhanças parciais e, no geral, são muito diferentes.
Ontem ao ler um post sobre o escândalo da Vaza Toga, alguém comentou imediatamente: “é, mas isso não inocenta o outro lado.”
Não sei se é uma necessidade de se sentir imparcial ou medo de ser taxado como algum “ista”. Esse tipo de comparação só confunde as pessoas, dificulta a compreensão clara de situações complexas e distorce a percepção da realidade.
Imagine duas situações diferentes:
1. Um adolescente roubou um doce em uma loja.
2. Um criminoso foi pego desviando milhões de reais em um esquema de corrupção.
Alguém poderia dizer: "Roubar é roubar, então o adolescente e o corrupto são igualmente culpados." Parece lógico à primeira vista, mas é uma falsa equivalência. Embora ambos os atos envolvam roubo, o contexto, a gravidade do crime e as consequências são muito diferentes.
No caso do adolescente, o roubo é um erro menor, talvez motivado por impulso ou imaturidade, e que pode ser corrigido com uma orientação. Já no caso do corrupto, é um crime planejado, de larga escala e com impacto muito maior na sociedade. Tratar a ambos como equivalentes ignora diferenças importantes, como a intenção, o dano causado e o nível de responsabilidade.
Esse tipo de comparação é comum em debates e discussões, especialmente em questões políticas ou sociais, onde é fácil reduzir argumentos complexos a analogias simplistas. Mas é justamente aí que mora o perigo: quando não analisamos profundamente as comparações feitas, corremos o risco de aceitar conclusões incorretas.
Em tempos de desinformação e polarização, diante de uma analogia ou comparação, pergunte: "Esses dois casos realmente têm a mesma relevância, impacto ou intenção? Existem fatores importantes sendo ignorados?" Se você fizer isso, evitará cair em raciocínios falhos e manter debates mais justos e baseados em fatos.
Bote na sua cabeça: se uma opinião tem dados sólidos que a sustentam, mas a outra opinião é baseada em conjecturas, no “eu acho”, elas não são equivalentes em qualidade.
Isso devia ser óbvio, não?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Já falei da falsa equivalência, quando alguém compara duas coisas e conclui que são iguais, quando, na verdade, elas compartilham apenas semelhanças parciais e, no geral, são muito diferentes.
Ontem ao ler um post sobre o escândalo da Vaza Toga, alguém comentou imediatamente: “é, mas isso não inocenta o outro lado.”
Não sei se é uma necessidade de se sentir imparcial ou medo de ser taxado como algum “ista”. Esse tipo de comparação só confunde as pessoas, dificulta a compreensão clara de situações complexas e distorce a percepção da realidade.
Imagine duas situações diferentes:
1. Um adolescente roubou um doce em uma loja.
2. Um criminoso foi pego desviando milhões de reais em um esquema de corrupção.
Alguém poderia dizer: "Roubar é roubar, então o adolescente e o corrupto são igualmente culpados." Parece lógico à primeira vista, mas é uma falsa equivalência. Embora ambos os atos envolvam roubo, o contexto, a gravidade do crime e as consequências são muito diferentes.
No caso do adolescente, o roubo é um erro menor, talvez motivado por impulso ou imaturidade, e que pode ser corrigido com uma orientação. Já no caso do corrupto, é um crime planejado, de larga escala e com impacto muito maior na sociedade. Tratar a ambos como equivalentes ignora diferenças importantes, como a intenção, o dano causado e o nível de responsabilidade.
Esse tipo de comparação é comum em debates e discussões, especialmente em questões políticas ou sociais, onde é fácil reduzir argumentos complexos a analogias simplistas. Mas é justamente aí que mora o perigo: quando não analisamos profundamente as comparações feitas, corremos o risco de aceitar conclusões incorretas.
Em tempos de desinformação e polarização, diante de uma analogia ou comparação, pergunte: "Esses dois casos realmente têm a mesma relevância, impacto ou intenção? Existem fatores importantes sendo ignorados?" Se você fizer isso, evitará cair em raciocínios falhos e manter debates mais justos e baseados em fatos.
Bote na sua cabeça: se uma opinião tem dados sólidos que a sustentam, mas a outra opinião é baseada em conjecturas, no “eu acho”, elas não são equivalentes em qualidade.
Isso devia ser óbvio, não?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Author | Duarte Calisto |
Organization | Duarte Calisto |
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