Com isso, o professor Giuseppe Alexandre Romito, da Faculdade de Odontologia da USP, acredita que o melhor é levar à população um parâmetro para o tempo de utilização do instrumento No episódio anterior, o professor Giuseppe Alexandre Romito, da disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia (FO) da USP em São Paulo, falou da importância da substituição da escova de dente de preferência todo mês. Essa afirmação causou reações em alguns ouvintes, que questionaram a falta de evidência científica para essa afirmação. Em resposta o professor Romito esclarece que não existe na literatura científica dados robustos que indiquem com qual frequência deve-se trocar uma escova de dentes. “As poucas informações disponíveis estão baseadas em dados de estudos realizados pela indústria o que, na maioria, carece de uma avaliação independente.” O professor diz, ainda, que “o parâmetro mais frequentemente utilizado para indicar a troca de uma escova de dentes é baseado na deformação das cerdas das escovas, ou seja, a partir do momento em que as cerdas se “abrem”. “Teoricamente as escovam perderiam a sua efetividade em remover o biofilme bacteriano (placa bacteriana), porém, mesmo assim não temos evidências científicas que comprovem esta afirmação.” Romito lembra que “infelizmente, muitas vezes não há evidência científica para todas as questões, talvez a melhor indicação de troca de uma escova de dentes seja quando ela apresente as cerdas deformadas (pouco, muito, também não sabemos) e/ou quando não seja mais possível ter as cerdas livres de mofos ou resíduos”. Entretanto, questiona Romito, “é melhor darmos para a população um parâmetro mais objetivo ou ficarmos com um mais subjetivo, porém que leve à utilização de um instrumento que pode não estar sendo efetivo?” Produção: Rosemeire Talamone Apresentação: Robert Siqueira CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição: Rádio USP Ribeirão
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