Olá, hoje é 5 de julho de 2022, eu sou o Maurício Alonso, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Ribeirão Preto/SP e hoje vamos falar sobre o cenário da cana-de-açúcar.

Em 2022, até o início de junho, as precipitações acumuladas no Centro-Sul se mantiveram acima da média histórica em quase todos os meses, exceto em abril.

Essa condição fez com que os canaviais se recuperassem das condições desfavoráveis ocorridas em 2021. Com isso, a produção estimada para esta safra é de 596 milhões de toneladas, 1,9% superior a safra passada. Esta produção não será maior devido a menor área disponível para colheita, pois o produtor precisou aumentar as áreas de reforma ou mesmo destinar algumas áreas para a produção de grãos.

Segundo a Única, a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de junho na região Centro-Sul atingiu 38,6 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 5,76% em relação à quantidade registrada em igual período do ano passado, quando 36,5 milhões de toneladas foram processadas. No acumulado da safra, a moagem é menor, totalizando 145,72 milhões de toneladas ante 166,94 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2021 – queda de 12,7%, principalmente pelo atraso no início da safra, o que indica que neste ano a safra poderá se estender por um período maior.

Os custos com insumos apresentaram alta de até 100% nos últimos 12 meses. Já o preço do ATR, que remunera a tonelada da cana, também segue em alta, mas não na mesma magnitude de elevação quando comparado aos custos de produção. O acumulado Consecana-SP fechou o mês de junho a R$ 1,22/kg de ATR ante R$ 1,04 no mesmo período do ano passado, alta de 16,8%.

Os preços de açúcar e de etanol estão apresentando uma tendência de queda desde o pico atingido no fim de 2021, porém ainda se encontram em patamares superiores à média histórica, o que vem se refletindo no preço do ATR pago ao produtor.

O momento requer, mais do que nunca uma boa gestão da propriedade e dos custos de produção, buscando sempre o melhor momento de reinvestir na manutenção do potencial produtivo da cana, nos tratos da soqueira, da reforma do canavial e na atualização do parque de máquinas.

O plano safra 2022/2023 chegou em boa hora, com disponibilidade de recursos e boas condições, considerando-se toda a complexidade do cenário atual, no Brasil e no mundo.

Produtor rural, para saber mais sobre o novo plano safra, procure sua agência de relacionamento e conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!