Olá! Hoje é segunda-feira, 28 de outubro de 2024, sou Fabiola Lira, estou Assessora de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil, para o movimento de preços no curto prazo, para as commodities soja, milho, café e boi gordo. Iniciando com a soja, espera-se que Com a melhora das chuvas no Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste, o plantio ganhe ritmo, principalmente na última semana de outubro. Já no Sul, no Paraná, a precipitação tem causado problemas pois as chuvas têm limitado o avanço das máquinas. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a preocupação é menor pois a janela de plantio é mais longa. O mercado também está atento à demanda global, de olho no maior importador da comodity, a China, que, por sua vez, está monitorando as eleições presidenciais dos EUA para efetuar seu programa de importação. Sem grandes novidades no macro cenário, o andamento da colheita norte americana, combinado com boas previsões climáticas para o Brasil, induz o mercado a precificar projeções de grande oferta mundial do grão. No cenário interno, os preços devem permanecer firmes devido ao quadro das exportações em reta final, resultando em pouca soja disponível. Esse cenário deve seguir impactando diretamente os prêmios de exportação, que registram boas cotações. Assim o mercado interno irá se ajustar, podendo ter viés de estabilidade com leve baixa para o curto prazo e de baixa para o médio prazo. No tocante ao milho, A colheita estadunidense chegou a 65% da área, de acordo com o USDA. O ritmo encontra-se treze pontos percentuais acima da média dos últimos cinco anos. A previsão climática para os próximos dias nos Estados Unidos aponta para temperaturas e precipitações acima da normalidade na região central do cinturão agrícola. Como o volume da chuva não é elevado, as condições da colheita continuam favoráveis no país. Caso a demanda pelo milho americano continue aquecida, os preços no mercado externo podem continuar o movimento de alta observado na semana passada. No Brasil, de acordo com a Conab em publicação no dia 21/10, a semeadura do milho 1ª safra chegou a 32,3% da área. O ritmo encontra-se praticamente o mesmo em relação ao mesmo período do ano passado. O estado do PR lidera o plantio, com 90% da área já cultivada, seguido de SC (77%), RS (76%), SP (10%) e MG (9,4%). Os preços no curto prazo podem seguir o movimento de alta, motivado pelas preocupações climáticas e o ritmo da semeadura da safra verão, em especial a soja, a comercialização retraída, com os produtores focados nos trabalhos à campo. Para o café, destaca-se que, Dados meteorológicos continuam prevendo chuvas para a semana nas principais regiões produtoras do Brasil, favorecendo a floração uniforme e início de pegamento dos frutos (chumbinho), porém as temperaturas continuam elevadas. O volume e a regularidade das chuvas ditam a dinâmica das oscilações nos preços. O mercado acompanha de perto o ritmo da colheita e exportações do Vietnã, já sabendo que haverá quebra na sua safra de robusta. Além do clima, o dólar em alta, o baixo estoque nas mãos dos compradores mundiais e os conflitos no oriente médio e na Ucrânia são fundamentos que pressionam o mercado mundial do café. Os preços do arábica e robusta/conilon seguirão em alta no curto e no médio prazo. Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: As exportações de carne bovina in natura continuam em alta, com uma média diária, em outubro, de 12,6 mil toneladas, contribuindo para o escoamento do volume produzido e manutenção dos preços comercializados atualmente. No mercado interno o preço da carne comercializada no atacado e no varejo sofreram reajustes e o consumo deve diminuir, muito por causa da disponibilidade de dinheiro por grande parte da população, contribuindo para um cenário de estabilidade nos preços. De acordo com os dados divulgados pelo MAPA, no mês de setembro de 2024, o número de animais abatidos foi de 2,3 milhões de cabeças, sendo 10,6% maior do que setembro de 2023, demonstrando que a demanda está impulsionando os preços da arroba do boi gordo. Com a melhora das cotações do boi gordo, os preços dos contratos futuros na B3 se valorizaram, para Out/Nov/Dez de 2024 superaram os R$ 310,00/@, ofertando boas oportunidades para os confinadores se protegerem de eventuais quedas nos preços do boi gordo no momento de venda dos animais. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!
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