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Este é um devocional diário, pois o homem não vive de pão somente, mas de toda palavra que vem da boca de Deus (Mt 4.4). Isto é, a Palavra de Deus nos sustenta todos os dias e é tão necessária para nossa saúde espiritual como o alimento é para a saúde física. Em alguns dias, você pode se ver lendo a Palavra de Deus com alegria, e em outros você pode ler mais pelo dever; porém ela é essencial todos os dias.
Este é um recurso disponibilizado pelo Ministério Fiel e Voltemos ao Evangelho em parceria com o ministério Truth For Life de Alistair Begg.
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30 OCT 2024 · Disse-lhe Noemi, sua sogra: Minha filha, não hei de eu buscar-te um lar, para que sejas feliz? Ora, pois, não é Boaz, na companhia de cujas servas estiveste, um dos nossos parentes? Eis que esta noite alimpará a cevada na eira. Banha-te, e unge-te, e põe os teus melhores vestidos, e desce à eira. (Rt 3.1-3)
Deus é soberano; portanto, podemos fazer escolhas ousadas.
Como qualquer figura carinhosa faria, Noemi queria que sua nora viúva Rute se estabelecesse e que cuidassem dela. Então ela pediu a Rute que fosse a Boaz para pedir que ele assumisse o papel de provedor ao se casar com ela.
Claro, devemos ter cuidado para não lermos muitas noções contemporâneas nesta história do Antigo Testamento, uma vez que essa época tinha seu próprio conjunto de costumes. No entanto, também devemos lembrar que essa era a vida real de pessoas reais em uma aldeia real do Oriente Médio, as quais encontraram um Deus real e entregaram suas vidas sem reservas a ele. Assim sendo, existem verdades eternas a aprender. Primeiramente, podemos aprender que, embora a providência de Deus governe nossa vida, ela não limita nossa liberdade de tomar decisões. A soberania suprema de Deus não impediu o raciocínio de Noemi ou a resposta de Rute. O Senhor era soberano sobre tudo isso, mas não à custa de suas escolhas.
A história de Rute também é um lembrete de que, mesmo quando os erros alteram nossa vida, Deus os redime para nosso bem final e sua glória. O marido de Noemi não deveria ter mudado sua família da terra prometida para a terra de Moabe, os inimigos do povo de Deus; e seus filhos não deveriam ter se casado com mulheres moabitas, uma vez que a Lei de Deus proibia o casamento com outras religiões. No entanto, essas escolhas erradas levaram Rute a Noemi, a Deus e à linha da história da Redenção como ancestral de Jesus (Mt 1.1-6). Tal Redenção não é uma desculpa para nossa rebelião intencional, mas é uma garantia constante de que não precisamos nos desesperar por causa dos erros do passado.
Da mesma forma, a soberania de Deus ao tecer seu plano de Redenção, primeiro ao trazer seu Filho ao mundo e depois ao chamar seu povo à fé nele, é uma garantia constante à medida que enfrentamos decisões e consideramos este ou aquele curso de ação. Confiamos em Deus por meio de ações cheias de fé. Noemi não ficou apenas sentada em sua casa esperando que Deus agisse, dizendo: Seja o que Deus quiser. Não; ela agiu encorajando Rute a dar o próximo passo no que parecia estar se desdobrando.
Confiar na providência de Deus não significa que nos sentamos e esperamos que o plano se desdobre, cantando Que será, será — o que quer que seja, será —, pois “o futuro não é nosso para que vejamos”. Em vez disso, devemos citar as palavras de Jesus: “Não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42). Depois que Jesus fez essa oração, ele passou a vivê-la em perfeita obediência, até a morte.
O caminho da vida pode ter muitas reviravoltas, mas a Palavra de Deus promete que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Tenha bom ânimo nesta promessa. Você está enfrentando uma decisão? Você está se perguntando qual caminho seguir? Deus é soberano e Deus salva. O que quer que você decida, viva com ousadia e livremente dentro do consolo da providência de Deus.
29 OCT 2024 · Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocional
Rute contou a sua sogra onde havia trabalhado e disse: O nome do senhor, em cujo campo trabalhei, é Boaz. Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. (Rt 2.19-20)
Hoje, você pode tornar visível o Deus invisível.
Quando Rute partiu para os campos para colher, ela nunca poderia saber quão maravilhosa seria a provisão de Deus. Ela já havia se refugiado em Deus, mas através de Boaz descobriu que o Senhor era capaz de fazer muito mais abundantemente do que tudo o que ela poderia ter pedido ou pensado.
Quando Deus estabeleceu sua aliança com Israel, ele revelou sua própria bondade como alguém que “faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes” (Dt 10.18). Ele deu sua Lei ao seu povo não para torná-los legalistas, mas para que exibissem seu caráter e trouxessem glória ao seu nome por meio da obediência. Parte dessa Lei criou uma estrutura para suprir a necessidade daqueles em circunstâncias difíceis.
Quando Boaz obedeceu às instruções da Lei, estendendo seu convite a Rute para vir e comer (Rt 2.14), ele o fez graciosamente. Ele havia recebido a bondade de Deus e percebeu que poderia, por sua vez, compartilhá-la com os outros. Ele colocou literalmente as mãos e os pés para obedecer aos mandamentos de Deus — e Rute descobriu ainda mais do coração de Deus como resultado. Além disso, a graciosidade de Boaz foi combinada com generosidade: ele não apenas convidou Rute para um banquete, mas também lhe ofereceu um lugar entre seus ceifeiros. Ele a encorajou a comer o suficiente. Ele permitiu que ela tirasse os melhores grãos, não apenas as sobras. Apesar de suas diferenças sociais e raciais, ele não a alienou nem a manteve à distância. Muito pelo contrário: Boaz foi além do que a Lei de Deus havia estabelecido.
Este é apenas um vislumbre das boas-vindas que Deus nos dá por meio de Cristo ao nos convidar para sua mesa celestial. E esta é a oferta que todos nós, como cristãos, devemos personificar. Se alguém — seja viúvo, pobre, ferido ou amargo — entra em uma reunião da igreja ou em um lar cristão, deve haver um senso de aceitação fiel por causa de como o povo de Deus personifica seu cuidado pactual.
No final do dia, Rute ficou impressionada com o favor que Boaz continuava estendendo. Quando ela voltou para casa com sua provisão abundante, Noemi se alegrou com a generosidade, descrevendo-a com a palavra checed — a bondade amorosa contínua e a provisão misericordiosa de Deus. A checed de Boaz fez com que os corações de Rute e Noemi adorassem o Deus que é abundante em checed (Êx 34.6-7).
A bondade de Boaz transbordou da bondade graciosa, generosa e contínua que havia recebido de Deus. Como companheiros que recebem o cuidado do Senhor, quando estendemos essa bondade aos outros, eles também podem vir a conhecê-lo. O Deus invisível se torna visível para todas as gerações por meio da compaixão de seu povo. A quem você vai oferecer gentileza graciosa, generosa e inesperada hoje?
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Devocional Verdade para a vida, por Alistair Begg | Editora Fiel.
Conteúdo oferecido em parceria entre Truth For Life e Ministério Fiel.
28 OCT 2024 · Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Porque nós é que somos a circuncisão. (Fp 3.2-3)
Em todos os escritos do apóstolo Paulo, talvez não haja lugar onde ele tenha feito uma declaração mais explícita do que neste versículo. Referir-se aos falsos mestres de sua época como “cães” era ainda mais audacioso e conflituoso do que é hoje. Mas Paulo não estava usando essa linguagem apenas para efeito; ele estava gravemente preocupado porque havia pessoas perigosas participando da igreja de Filipos.
Cultos e falsos mestres são quase sempre sem alegria, e esses homens maus em Filipos não eram diferentes. Eles eram o oposto do que afirmavam ser, insistindo que a Lei cerimonial do Antigo Testamento era uma qualificação necessária para o verdadeiro cristianismo. Eles se dirigiram aos crentes filipenses, que haviam descoberto a alegria no Senhor, perguntando, em essência: Você é realmente um verdadeiro cristão se não prestar muita atenção ao rito externo da circuncisão? Este aviso de Paulo para “se acautelarem” foi feito para lembrar à jovem igreja que um cristianismo “aumentado” na verdade distorce o verdadeiro Evangelho. Acrescentar ao Evangelho sempre subtrai sua alegria e até a salvação.
Portanto, quando lemos a palavra “cães” neste versículo, não devemos pensar em um animal de estimação amigável. Paulo não estava se referindo a um golden retriever. Pense em um carniceiro, um vira-lata doente que anda ao redor de latas de lixo e pode machucá-lo muito com uma mordida. Paulo enfatizou que esses homens, ao insistir que as pessoas deviam atender aos requisitos da Lei para serem qualificadas para a graça, eram igualmente perigosos. Eles estavam desviando a atenção de Cristo, diluindo a suficiência de sua morte, ressurreição e ascensão.
Paulo constantemente advertia sobre as trágicas consequências do falso ensino — e, visto que amava o povo da igreja de Filipos, descrevendo-os como sua “alegria e coroa” (Fp 4.1), ele se opunha a qualquer pessoa e qualquer coisa que os desviasse do único caminho para a glória. Ele desejava que permanecessem vigilantes.
Nós também poderíamos facilmente esquecer que as Boas Novas não são uma mensagem de “Faça o seu melhor e seja bom o suficiente!”, mas sim “O seu melhor nunca é suficiente — porém Jesus é”.
Aqui estão as Boas Novas, afinal: pela fé somente em Cristo, somos a verdadeira “circuncisão” — isto é, aqueles que foram separados como o verdadeiro povo de Deus, não porque tivemos alguma carne removida, mas porque Cristo foi removido por nós. Em cada geração, há sempre aqueles que desejam insistir nas características externas da fé e — implícita ou explicitamente — tornar tais observâncias necessárias para a salvação. Mas nenhum ritual externo ou desempenho religioso pode salvar. Não coloque sua confiança em sua carne — em sua frequência à igreja, sua leitura diária da Bíblia, seu desempenho como cônjuge, pai, obreiro, evangelista ou qualquer outra coisa. Coloque tudo em Cristo. Ele, e somente ele, é suficiente.
27 OCT 2024 · Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava. (Mc 10.14-16)
No século XXI, quando pensamos em crianças, tendemos a nos concentrar em suas qualidades subjetivas; elas são bonitinhas e fofinhas, e às vezes pensamos erroneamente que são perfeitas e o centro do universo. Tais visões contemporâneas das crianças na verdade impedem nossa capacidade de entender o que Jesus quis dizer quando afirmou: “Deixai vir a mim os pequeninos”.
São as características objetivas das crianças que estão verdadeiramente no centro da ilustração de Jesus. As crianças não votam. Elas não têm carteira de motorista. Os adultos não costumam pedir que tomem decisões sobre eventos significativos em suas próprias vidas ou na vida de suas famílias. Em sua infância, elas são totalmente dependentes de outra pessoa. Falando sem rodeios, as crianças são pequenas e indefesas, sem muita reivindicação ou mérito aparente.
Não é uma maravilha, então, que as crianças sejam tão calorosamente recebidas por Jesus? Todavia, embora seja decerto maravilhoso, não devemos nos surpreender quando consideramos a frequência com que Deus usa os mansos e humildes de maneiras poderosas. Não podemos esperar entrar no céu por causa de nosso próprio mérito ou valor. Em vez disso, o Reino de Deus pertence a pessoas carentes, solitárias e desamparadas, que não têm direito ou mérito próprio — pessoas como crianças.
Ao chegarmos a um acordo com o que significa ser como uma criança, começamos a ver que nossa entrada no reino só pode vir depois de aceitarmos nosso próprio estado indefeso e dependente. Viemos a Cristo não com as mãos cheias de nossas próprias habilidades ou realizações, mas com as mãos vazias, prontas para receber. E, notavelmente, o Evangelho nos diz que devemos olhar para o próprio Deus, que se encarnou como um bebê indefeso. É justo, então, que a entrada em seu reino seja desfrutada por aqueles que seguem seu humilde exemplo.
O acolhimento de Jesus às crianças nesses versículos nivela nosso orgulho e nos levanta em nossa fraqueza. Talvez você considere seu trabalho louvável ou sua posição digna de nota, e se veja desejando ser um benfeitor e não um beneficiário. Ou talvez você saiba que os outros pensam muito pouco de você (ou você pensa pouco de si mesmo) e fica surpreso que Deus queira lhe dar qualquer coisa, e muito mais que ele esteja ansioso para passar a eternidade ao seu lado. Não importa qual seja seu caráter ou suas circunstâncias, venha a Jesus todos os dias em confiança infantil, ciente de sua fraqueza e desamparo. Este, e somente este, é o caminho para o Reino de Deus e o caminho para desfrutar da bênção da proximidade com ele.
26 OCT 2024 · Disse José a seus irmãos: Eu morro; porém Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó. […] Morreu José da idade de cento e dez anos. (Gn 50.24, 26)
O fato de que a Bíblia está cheia de relatos da morte de indivíduos deve fazer com que cada um de nós enfrente a realidade de nossa própria morte final. Todos os nossos dias são limitados. Deus não escolheu nos informar da data de nossa morte, mas o salmista nos diz que todos os dias de nossa vida foram escritos no livro de Deus antes que qualquer um deles acontecesse (Sl 139.16). José viveu até os 110 anos de idade, mas, ainda assim, como todos nós, ele teve de aceitar sua mortalidade.
José entendeu e aceitou sua morte. Não havia raiva contra o apagar da luz, para usar as palavras do poeta Dylan Thomas, mas sim o que nossos antepassados puritanos teriam chamado de “boa morte”. O que é que nos permite morrer bem? Uma teologia forte — uma forte compreensão de quem Deus era e é. No final, José fortaleceu sua fé ao trazer à mente evidências do cuidado providencial de Deus ao longo da vida para com ele e suas promessas ao seu povo. Por causa de sua fé na bondade de Deus, ele poderia enfrentar a morte diretamente. Ele não estava assustado ou egoísta; ele não se agarrava a sombras ou a esperanças vãs. Em vez disso, suas palavras foram breves, focadas em sua família e em Deus. Tal resposta só pode vir de uma visão do mundo moldada pelo caráter e propósito divinos.
Cremos, como José, que Deus libertará o seu povo? Podemos enxergar evidências dessa crença em nossa própria vida? Já olhamos para a fidelidade de Deus e descobrimos que, independentemente da angústia ou da miséria pelas quais passamos, podemos dizer com o salmista: “De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio” (Sl 62.7)?
É a boa teologia, não os sentimentos, que nos sustentará na vida e nos consolará enquanto lutamos com a morte. Quando os dias difíceis chegam, é então que nos apegamos ao que sabemos ser verdade. De José e sua vida, podemos aprender esta incrível verdade: o Deus que nos uniu ordenou todos os nossos passos, em todos os nossos dias, e ele tece nossa vida na grande história do cumprimento soberano de suas promessas a seu povo. Com fé neste Deus, podemos enfrentar a morte cantando:
Com misericórdia e com julgamento
Minha teia de tempo ele teceu;
E, sim, o orvalho da tristeza
Foi seduzido por seu amor;
Bendirei a mão que guiou,
Bendirei o coração que planejou,
Quando entronizado onde a glória habita
Na terra de Emanuel.
25 OCT 2024 · Um espinho na carne
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. (2Co 12.7)
Se você reunir muitos músicos talentosos que estão interessados apenas em suas partes individuais, você não terá uma orquestra. O que você produzirá é meramente um ruído discordante: uma afronta ao ouvido atento. No entanto, quando esse dom é exercido em altruísmo e humildade, sob a liderança de um maestro e a regra de uma partitura, você obtém uma música bonita e harmoniosa.
Assim como o desejo de um músico pela grandeza individual é a sentença de morte da utilidade orquestral, o mesmo acontece com nossa fé cristã. Um dom espiritual nunca deve ser motivo de orgulho — porque, afinal, é um dom! No entanto, muitas vezes somos tentados a tomar os dons dados por Deus e atribuí-los a nós mesmos como se os tivéssemos desenvolvido ou os merecêssemos, ou usá-los para nós mesmos como se fossem nossos. Isso nos coloca em extremo perigo de alimentar ideias exageradas sobre nossa própria importância — e aqueles com os dons mais significativos geralmente correm o maior perigo.
O próprio Paulo teve de enfrentar essa tentação. Ele era particularmente brilhante, tinha uma educação excelente, vinha do melhor tipo de formação e era influente para muitas vidas (veja Fp 3.4-6).
Ao enfrentar os falsos apóstolos da época, que estavam fazendo afirmações elaboradas sobre seu conhecimento de Deus, Paulo descreveu honestamente ter tido visões extraordinárias (2Co 12.2-4). Ele era um alvo principal para um ego inflado. O que o protegia disso? Um espinho em sua carne. Ele não especifica exatamente o que era e, portanto, seria sensato não especular. O que importa não é o que era, mas o que isso realizou; pois Paulo reconheceu que esse espinho na carne era um lembrete humilhante de Deus de sua fraqueza inerente, dado para que ele não se vangloriasse de sua própria importância e para que continuasse a confiar em Deus.
Como os falsos mestres a quem Paulo se dirigiu, muitas vezes somos tentados a permitir que nossa influência e aparente sucesso, sejam estes grandes ou pequenos, sirvam como o meio pelo qual julgamos nosso valor. No fim das contas, porém, tais assuntos temporários serão expostos como temporários e desaparecerão.
Na providência e bondade de Deus, o “espinho” de Paulo nos ajuda a entender nossas próprias dificuldades, como doença, dificuldade financeira, desafios relacionais, o esforço de criar filhos e até mesmo a luta contínua contra o pecado. Deus sabe o que está fazendo quando permite esses elementos necessários, desconfortáveis e implacáveis em nossa vida. Melhor ser um crente humilde assediado por espinhos do que ser orgulhoso e autoconfiante, não atormentado por nada, porém deixando de ser crente. Precisamos conhecer nossa própria fraqueza para continuar a confiar na graça de Deus para nossa salvação eterna e no poder de Deus para nossa vida diária. A questão, portanto, não é se os espinhos virão até você, mas se você permitirá que Deus use seus “espinhos” para lembrá-lo de que somente ele é a fonte de seus dons e aquele que o torna espiritualmente útil.
24 OCT 2024 · Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento. (Sl 32.7)
Se você assistir a filmes antigos de Robin Hood ou Rei Arthur em preto e branco, verá rainhas que vão pelos campos de batalha a cavalo. Elas não vão sozinhas em suas jornadas, mas soldados montados cavalgam ao redor delas, cercando-as com proteção.
Em dias difíceis, podemos nos lembrar de que Deus “aos seus anjos dará ordens a [nosso] respeito, para que [nos] guardem em todos os [nossos] caminhos” (Sl 91.11), e que ele nos cercou com um grupo de outras pessoas que estão seguindo a bandeira de Cristo — a saber, nossa igreja. A vida cristã deve ser uma jornada corporativa, não individualista. Temos o benefício de nos unirmos pela causa de Cristo. Devemos nos cercar daqueles que fornecem “cantos [ou “canções”, NVI] de livramento”. Quando adoramos juntos, experimentamos os benefícios do livramento que Deus nos provê.
Quando estamos desorientados pela vida ou conscientes de nossas falhas, fracassos, desânimos e dúvidas, o antídoto não é tentarmos nos levantar com nossas próprias forças. Em vez disso, podemos olhar para as maravilhas do que Jesus fez e ter certeza de que estamos ouvindo de irmãos e irmãs em Cristo o que Jesus fez. Com a ajuda de um simples hinário ao lado da Palavra de Deus, podemos encorajar uns aos outros durante os dias mais sombrios, enchendo nossa mente com a verdade através da música e da Escritura.
Alec Motyer escreveu certa vez: “Quando a verdade entra em um credo ou livro de hinos, ela se torna a posse confiante de toda a igreja”. Com palavras profundamente enraizadas na teologia, podemos diariamente dizer a nós mesmos: “Ele é tudo de que preciso para passar por isso”. Então, na companhia do povo de Deus, podemos adorar juntos, pedindo ao nosso Senhor graça e paz. Uma igreja viva sempre será uma igreja que canta.
Você não foi feito para adorar em uma ilha. Isto faz parte da adoração comunitária: estar cercado por canções de livramento. Você está ligado pelo seu Criador para estar na assembleia daqueles que afirmam a você, como você afirma a eles, palavras memoráveis como estas:
Cante, oh, cante sobre o meu Redentor!
Com seu sangue ele me comprou;
Na cruz ele selou meu perdão,
Pagou a dívida e me libertou.
23 OCT 2024 · Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. (Rm 5.19)
Adão, o primeiro homem, foi feito à imagem de Deus. O Senhor deu a Adão um papel único em toda a Criação, mas ele não conseguiu cumpri-lo e foi expulso do Éden. Deus então fez um novo começo com os israelitas; eles foram chamados para ser seu povo. Eles mostravam o caráter do Senhor conforme e quando obedeciam à sua Lei. Como Adão, porém, os israelitas falharam em seu papel e foram enviados para o exílio.
Gloriosamente, quando chegamos ao Novo Testamento, descobrimos que, onde Adão e Israel falharam, Jesus teve sucesso. Jesus é o que o povo de Deus deveria ser: o novo e melhor Adão, o verdadeiro Israel. Ele é descendente de Adão e se identifica com a raça de Adão. Ele se identifica conosco completamente, mas, ao contrário de Adão, Jesus foi tentado e não pecou (Hb 4.15).
O que temos no Senhor Jesus é o único ser humano que já obedeceu a Deus perfeitamente, o único com quem Deus está sempre satisfeito. Ele guardou cada letra da Lei. Portanto, Jesus é a única pessoa que viveu que não merece ser banida da presença de Deus. Mas ele foi banido. Na cruz, ele enfrentou de bom grado o castigo que os pecadores merecem — pecadores que estão ligados ao pecado de Adão.
Toda a humanidade encontra sua herança em Adão, tanto por natureza quanto por descendência. Nascemos em pecado e nos unimos a Adão em nossa rebelião contra Deus. Não há exceção. A única resposta à situação da humanidade é que homens e mulheres sejam apresentados à única pessoa que guardou a Lei perfeitamente e que não merecia ser banida de Deus, mas foi obediente até a morte na cruz para que os pecadores possam, pela graça através da fé, receber tudo o que ele merece em vez de suportar tudo o que Adão merecia.
Essa verdade está no centro de tudo. Para os crentes, tudo o que antes era verdade sobre nós encontrou sua raiz naquele único ato de Adão, enquanto tudo o que é verdade sobre nós agora é resultado da obediência de Cristo.
Se você não tem segurança, talvez seja culpado de tentar examinar sua própria vida espiritual para ver se está fazendo o suficiente. Mas você não é salvo por nada feito por si mesmo. Como o escritor do hino nos lembra, somos salvos por uma obra feita por nós:
Porque o Salvador sem pecado morreu,
Minha alma pecaminosa é considerada livre,
Pois Deus, o justo, está satisfeito
Em olhar para ele e me perdoar.
22 OCT 2024 · Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali. E alguns dos filósofos epicureus e estoicos contendiam com ele. (At 17.16-18)
Ao se dirigir aos intelectuais de sua época na cidade de Atenas, Paulo descobriu que seus ouvintes haviam sido influenciados por duas ideias fundamentais: o estoicismo e o epicurismo. O estoicismo sustenta que os eventos do mundo são determinados por um destino impiedoso, frio e impessoal, enquanto o epicurismo ensina que o bem é determinado pelo que traz mais prazer. Nenhuma dessas filosofias se sustenta para os filhos do Deus Todo-Poderoso.
Uma das características mais distintivas do cristianismo é a maneira pela qual somos capazes de articular nossa visão do mundo. Em contraste com grande parte da cultura ao nosso redor, sabemos que nosso tempo está nas mãos de Deus (Sl 31.15) — não estamos presos nas garras de forças cegas nem jogados em um oceano de chances. Se as pessoas foram atraídas pelo marxismo, hinduísmo, niilismo ou qualquer uma das inúmeras outras filosofias e religiões, todas elas enfrentam questões e inseguranças em relação às suas crenças. Elas foram pegas em uma luta por uma sociedade sem classes ou num ciclo interminável de nascimento e morte? Talvez estejam convencidas de que a vida não tem sentido algum. Não importa quais sejam as perguntas ou crenças de alguém, Deus fornece todas as respostas de que precisam. Em vez de viver a vida enjaulados por um destino sem sentido e indiferente ou por uma incerteza sem fim, como crentes agora vivemos com uma esperança infalível. Nós, como Paulo, somos agora mordomos de todas as respostas que Deus nos deu por meio de sua Palavra — respostas que devemos compartilhar com todo o mundo. Ele nos deu uma grande confiança, e seu nome é Jesus.
A questão, portanto, não é se temos uma mensagem que possa responder aos anseios mais profundos de cada ser humano e às várias objeções de todas as outras filosofias e religiões: nós temos. A questão é se vamos compartilhar essa mensagem. Quando Paulo estava em Atenas, ele viu o que os outros não viram. Ele não desfrutou dos locais impressionantes nem ficou admirado com a reputação intelectual da cidade. Ele viu uma cidade perdida em adoração de ídolos, e “seu espírito se revoltava”; pois, cada vez que um ídolo é adorado, furta-se do Senhor Jesus a glória que só ele merece. E “por isso”, sem levar em conta sua própria reputação, Paulo raciocinou e proclamou o Evangelho da esperança da ressurreição aos habitantes daquela cidade (At 17.18).
Onde quer que você viva, de uma forma ou de outra, você se encontra em uma Atenas moderna. Quais são os ídolos que aqueles ao seu redor estão adorando? Seu espírito se revolta por isso? Você tem uma resposta que satisfaz o desejo humano de uma forma que nenhum ídolo pode. Você tem a oportunidade de trazer glória a Deus. Com quem você pode argumentar hoje, dizendo: “Consegue ver que o que você está adorando não o satisfaz? Posso avisá-lo de que você está ignorando o Deus que traz significado e esperança, mas que não será escarnecido? Posso falar sobre as respostas que encontrei ao conhecer Jesus Cristo?”
21 OCT 2024 · Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar. (2Tm 2.15)
Você está vivendo pelo louvor de quem?
Por natureza, desejamos a aprovação dos outros. Porém, como crentes, a aprovação que devemos desejar acima de tudo é a aprovação do próprio Deus. Vale a pena fazer uma pausa para considerar a incrível verdade de que, hoje, o que fazemos pode trazer prazer ao Deus que sustenta o universo (1Ts 4.1), e que, um dia, ele saudará aqueles que viveram tudo para ele com as palavras maravilhosas: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 25.21, 23). Imagine ouvir essas palavras, dirigidas a você, dos lábios divinos!
Como, então, devemos viver “como alguém aprovado” por Deus — como “um obreiro que não tem de que se envergonhar”?
Em primeiro lugar, devemos nos determinar a manter a fé até o fim. Paulo, fazendo a curva em sua última volta, declarou a Timóteo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). A vida de Paulo não foi caracterizada por pequenas explosões de entusiasmo seguidas por períodos de inércia crônica. Ele entendeu que a corrida da fé era uma maratona ao longo da vida até o fim.
Não queremos ser conhecidos por breves ímpetos de vez em quando. Especialmente devemos evitar ser aqueles que só fazem a obra de Deus quando outros cristãos estão nos observando. Em vez disso, queremos correr duro todos os dias, lembrando que os olhos de Deus estão sempre sobre nós.
À medida que avançamos na fé, podemos lembrar que nos foi prometida uma “coroa de justiça” que foi “guardada” para nós, “a qual o Senhor, reto juiz, [nos] dará naquele Dia” (2Tm 4.8). E devemos lembrar que não corremos com nossas próprias forças. Em vez disso, devemos ter toda a confiança de que “aquele que começou boa obra em [nós] há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Deus promete nunca nos deixar ou nos abandonar ao longo do caminho (Hb 13.5). Se a linha de chegada parece muito distante, somos chamados a não nos concentrar na fita, mas a olhar para Jesus, mantendo os olhos fixos no “Autor e Consumador da [nossa] fé” (Hb 12.2).
Nunca subestime o impacto de uma única vida vivida para a glória de Deus. Considere a perspectiva de estar diante de seu Pai celestial como um obreiro aprovado, e você chegará ao lugar onde diz com humildade: “Senhor, quero fazer o meu melhor para conhecer a tua aprovação em minha vida. ‘Eu sou apenas um, mas sou um. O que eu posso fazer, devo fazê-lo. E o que devo fazer, pela graça de Deus o farei.’”
Este é um devocional diário, pois o homem não vive de pão somente, mas de toda palavra que vem da boca de Deus (Mt 4.4). Isto é, a Palavra de...
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